terça-feira, 27 de março de 2007

A Blitz do Tião

Tomando banho agora, enquanto espero pra comer uns pãezinhos e queijinhos presenteados pelas maravilhosas Dona Luiza e Dona Claudia, lembrei de um jogo de Libertadores. Um jogo bem bacana e que, obviamente, nem eu e nem o tricolor perdemos.

E mais: não sei de onde fiz uma relação com o jogão de daqui a pouco.

Grêmio 4 x 0 Nacional UR

Copa Libertadores da América - 1998 - Oitavas-de-final

O Grêmio tinha jogado as mãos para o céu quando, na semana anterior, empatara com o Nacional em pleno Estádio Centenário. Naquele tempo a Libertadores era mais séria: o Nacional não mandava jogos naquele campinho ridículo que eles usam pra ensacolar o nosso rival.

O tricolor era a cara do Cacalo. Uma palhaçada. Mas o meu amor pelo Imortal Tricolor estava, como sempre está e esteve, acima disso.

E mesmo com o jogo de volta sendo realizado à tarde, numa quarta-feira normal, dei um jeito de ir: troquei uma folga no meio do expediente por uma virada de noite trabalhando. Na verdade, troquei umas trinta e poucas horas de trabalho ininterruptas por duas horas de folga.

E quer saber? Valeu muito a pena.

Não lembro nossa escalação direito, mas tínhamos Danrlei, Roger, Aílton (aquele que fez o gol do título de 96), Ronaldinho e Tinga no time. Acho que o Super Zé (Alcino) também.

Foda era o treinador: Sebastião Lazaroni.

O fato é que o Tião adiantou a marcação e o Grêmio espremeu o Nacional no seu campo de defesa. E em 45 minutos consumou a fatura: 4 x 0. Naquele dia, se não me falha a memória, o Tinga detonou. Até gol fez.

Na coletiva depois da partida, o Tião botou a maior banca. Disse que tinha preparado o time pra fazer uma Blitzkrieg.

Um tempo depois, o Grêmio foi desclassificado pelo Brasil de Pelotas no Olímpico pelo Gauchão.

O Tião caiu, veio o Edinho e, mesmo assim, perdemos nas quartas-de-final para o Vasco (naquela época em que não podia ter final entre dois times do mesmo país).

O Edinho também não era grande coisa. Foi melhor como zagueiro.

Mas eu lembrei do ânimo do Grêmio aquele time. Da raça. E pensei que os caras que vestem o manto sagrado hoje são capazes de fazer o mesmo com o Tolima.

Esmagar e golear!

Dá-lhe, Grêmio!

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