Infelizmente a minha memória não é tão prodigiosa quanta a do Duda, mas a minha memória "emocional" é boa - pelo menos funciona.
Já escrevi isso aqui antes (tive que pesquisar, mas tá lá) mas a minha primeira memória do Grêmio é justamente contra os bambis. Na época a gente não chamava eles assim, era só São Paulo. Era uma época que a Ferroviária jogava, a Portuguesa também... outros tempos que o dinheiro ainda não determinava a força do futebol paulista.
Mas voltando ao Grêmio, em 81 eu tinha 7 para 8 anos, estudava no XII de Outubro em São Paulo e definitivamente não me adaptava ao sistema paulista de ser criança. Estudar de manhã, fazer as lições de tarde e só brincar no fim do dia não era pra mim. Em Porto Alegre eu vivia na rua brincando. Só ia pra aula de tarde, passava a manhã jogando bola no campo dos Padres ou no meio da rua mesmo. Na volta do colégio sempre tinha alguma brincadeira com os vizinhos ou a turma ia lá pra casa, sei lá, qualquer coisa menos a nóia que as crianças paulistas viviam e eu não me adaptava.
Nesse contexto todo é que entra o Grêmio. Foi quase que uma desforra aquele gol do Baltazar de cabeça. Pra mim foi um grito de: vocês tão errados, no sul a gente é bem melhor e não vive essa pressão de merda que vocês vivem. Foi literalmente um foda-se, na versão infantil.
Fico na esperança de o Amoroso ser o novo Baltazar, e de a gente mostrar que não basta ter grana, tem que ter espírito/raça.
E, vamos nos combinar, ficar com medo dos bambis é ridículo. Vamos repetir a capa do disco dos Pistols, vamos matar os bambis.
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