domingo, 17 de junho de 2007

Acabando com os nossos reservas e as nossas reservas

Grêmio 0 x 2 Cruzeiro

Brasileirão 2007 - Sexta rodada - Estádio Olímpico Monumental - Porto Alegre

Foi uma tarde estranha no Olímpico. Na chegada, uma fila enorme de sócios-torcedores esperando pra comprar ingressos para a decisão de quarta-feira. No Portão 1, que geralmente tem fila, ninguém pra entrar no jogo do Brasileirão.

Na verdade, o nosso estádio vazio faria a alegria de muita gente. Eram mais de 10 mil no Olímpico ontem. Mas pra quem está acostumado a encontrar mais de 40 mil no Monumental, a coisa tava devagar.

Coisas legais. Eu vi o Eu Acredito do Minwer circulando na Social e, mais engraçado, uma versão toda amassada, mas esticadinha e colada caprichosamente no saco de um catador de latas. Pena que não fotografei.

Tá, mas e o jogo?

Eu poderia dizer pra você dar uma olhada no compacto. É só clicar ali.

No estádio eu até achei pior, talvez por terem sido mais de 90 minutos. Mas, vamos combinar, pra tirar 7 minutos pra fazer um compacto deve ter sido bem difícil.

O Grêmio começou com um 4-3-3. E o primeiro tempo ficou entre o entediante e o lamentável.

Com os 3 no ataque, o tricolor pressionou, mas sem muito efeito, porque o Douglas sumiu. Amoroso esteve melhor do que o Everton, mas ainda está longe de engrenar. O Everton teve uma das poucas oportunidades nessa etapa, mas o goleiro do Cruzeiro não teve dificuldade pra segurar.

No meio-campo, Edmílson, Lucas e Sandro Goiano não estavam de todo mal. Lucas, que vai jogar na quarta, esteve bem. Muito melhor do que nas outras vezes que esteve em campo. Uma atuação animadora, pela movimentação e pela disposição. O guri vai entrar em campo estriquinado na decisão.

Pena zaga resolveu jogar em linha e acabamos levando um gol por causa disso. No lance do gol, nossa linha-burra conseguiu deixar dois na banheira e o Charles em condições de marcar. Sem ninguém na frente, ele não perdeu a chance.

Repetimos a jogada e levamos outro gol ainda no primeiro tempo. Por sorte, o bandeirinha errou e anulou.

E chega de primeiro tempo.

No segundo, mudamos para um 3-5-2. Entraram Thiego e Ramon nos lugares do Jucemar e Douglas, respectivamente. Thiego saía pela direita, mas quem atuou como ala foi mesmo o Lucas. E mandou bem.

Lucas mandou tão bem, aliás, que fez um gol de cabeça. Ele saiu tão atrás do zagueiro, chegou tão na frente e cabeceou com tanta calma que o bandeirinha achou que ele estava impedido. Anulou mais um gol legítimo.

Ramon não entrou mal. Contribuiu mais do que o Douglas. Achou o Amoroso na área num lance que quase virou gol, num toque de classe do atacante. E ainda provocou a expulsão do lateral-esquerdo Jonathan, da Raposa.

Lá pelas tantas, em outro contra-ataque, levamos o segundo gol. Leandro Domingues veio, veio, veio, ninguém chegou e ele chutou. Marcelo deu rebote, o Pereirão e o Thiego não chegaram e o próprio Domingues marcou.

Thiego ainda foi expulso pela segunda falta violenta. Mereceu. O menino tem disposição, mas ainda é bem verde pra entrar no time.

Parecia que estávamos combinados em um 2 x 0 e nenhuma esperança de que algo acontecesse. Mas o Ricardinho ainda quase guardou mais um para o Cruzeiro.

No final do jogo, a torcida mandou um grito de Grêmio feroz para a rapaziada saber que tem apoio. E que o Olímpico vem abaixo daqui a três dias.

Na saída, vi mais gente chegando com cobertores e cadeiras para pegar seu lugar na fila. Eram os guerreiros que tentariam garantir seu ingresso a partir de hoje, quando estariam disponíveis 10 mil ingressos (ou menos) para os não-sócios.

Animadora a empolgação da nossa torcida. E a confiança num grande resultado contra o Boca.

Mas no Brasileirão estamos nos arriscando. Tanto que podemos acabar o dia de hoje na décima-oitava posição.

Mas essa não é a nossa preocupação agora.

O que interessa pra gente é a Libertadores, a virada pra cima do Boca, o tri-campeonato da América.

E eu acredito!

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