sexta-feira, 1 de junho de 2007

Olha o que um filho da puta escreveu

Quem me enviou esta pérola foi o Tiago Russell.

O cara é um tosco e escreveu uma merda gigantesca sobre o Grêmio x Palmeiras de 95. Foi pela Libertadores, não pela Copa do Brasil.

A leitura é recomendada pra acabar com a tarde de qualquer um. Leia e sinta ódio, muito ódio.

Os emails lá embaixo devem ter sido publicados pra gente chinelear ele a partir de quinta, quando o peixe estiver mortinho na praia.

De quanto o Santos vai ganhar na Vila? Por Odir Cunha

Minha única dúvida é: de quanto o Santos vai ganhar na quarta-feira: Por dois, por três, por quatro, ou por cinco gols de diferença... Só sei que vai ganhar e passar para a final da Libertadores. Não é arrogância, não. É que não é possível o Grêmio correr tanto dois jogos seguidos, ainda mais tendo uma partida pelo Campeonato Brasileiro no meio. E é bastante improvável que um time tecnicamente inferior consiga dois bons resultados seguidos contra o Santos, que só não teve melhor sorte no Olímpico porque, além da correria desenfreada do adversário, sofreu dois gols em dois erros grosseiros.

O primeiro, numa, digamos, falha gravíssima do árbitro. Mesmo que Ávalos também tivesse agarrado o atacante gremista, apitar pênalti num agarra-agarra já seria estranho. O pênalti não só foi um absurdo, como premiou o infrator, já que o atacante gremista segurou o calção do zagueiro santista e ainda jogou seu corpo contra ele, cavando a falta. Deveria ter recebido cartão amarelo por encenar o pênalti e ao invés disso foi premiado.

O segundo gol do Grêmio nasceu de uma falha infantil de Adailton, que tinha a bola dominada, dormiu no ponto e a perdeu para o atacante gaúcho. Neste lance, nada a contestar. E assim, em dois minutos, o representante da República de Piratini conseguiu o que queria: colocar uma vantagem e continuar disputando cada centímetro do campo como se fosse o último pedaço de churrasco do planeta.


Santos tem mais categoria


Os gremistas se orgulham de ter um futebol parecido com o de argentinos e uruguaios, um esporte onde o estraçalhar de tíbias e tendões arranca mais urros da platéia do que belas jogadas. A verdade é que depois de Ronaldinho Gaúcho, o último craque que vestiu sua camisa, o Grêmio virou um time que luta a cada partida contra o complexo de inferioridade. Hoje é uma equipe que até pode ganhar a Libertadores da América, mas continua praticando um esporte limítrofe entre o futebol e o rúgbi, assim como seus vizinhos do Rio da Prata.

Até o momento que aconteceu o que chamaríamos de erro do árbitro - será que um argentino não tem mesmo interesse na decisão entre o técnico Santos e o trombador Grêmio? -, o Santos era melhor e tinha criado as melhores jogadas. O pênalti mudou tudo. Com essa regra de gol fora valer o dobro, cada gol tem um peso enorme e o Santos sentiu este peso. Precisaria varar um batalhão de pernas que chutava tudo à sua frente.

A verdade é que a certa altura do segundo tempo, o Santos pareceu tão desorientado, que por pouco não sofre o terceiro gol. Houve até um pênalti a favor dos gaúchos que o árbitro não marcou, provavelmente com a consciência pesada por ter dado um que não foi. Uma derrota por 3 a 0 teria diminuído drasticamente as chances do Santos.

Mas com esses 2 a 0 a disputa ainda está aberta e o Grêmio vai comer o pão que o diabo amassou na Vila Belmiro. Lembro que uma vez o Palmeiras perdeu por 5 a 0 em Porto Alegre e depois venceu por 5 a 1 no Parque Antártica, dependendo apenas de mais um gol para seguir na Copa Brasil.

O Santos precisa ganhar por três gols para chegar à sua quarta final da Libertadores, ok, não é tão fácil, mas é bom lembrar que o Caxias conseguiu isso contra o Grêmio, que também foi derrotado pelo São Paulo no Morumbi. Enfim, fora de casa este Grêmio se inibe, volta a sentir o seu crônico complexo de inferioridade e não joga nem a metade do que no Olímpico, enquanto o Santos vira uma baleia orca assassina quando é embalado pelo grito de seus torcedores.

Se o Grêmio ganhou por 2 a 0 em casa, a lógica diz que o Santos poderá, no mínimo, repetir o resultado na Vila Belmiro. E como para quem faz 2, fazer 3 é um palito, não vejo por que o Santos não possa se classificar na próxima quarta-feira. Só não arrisco dizer se vai ganhar por três, quatro ou cinco gols de diferença. Mas vai se classificar e estarei lá para testemunhar mais essa virada histórica.

Odir Cunha escreveu Time dos Sonhos, Pedrinho escolheu um time e está lançando Heróis da América, o livro mais completo já escrito sobre os Jogos Pan-americanos.


ODIR CUNHA

Que gracinha, né? Escreva pra ele manifestando sua opinião:

odir.cunha@bol.com.br

odir@ds2editora.com.br

5 comentários:

Anônimo disse...

vou aguardar ansiosamente a manhã de 5ª feira...

Anônimo disse...

Outra coisa: tu não tem como mandar isso pro Depto de futebol do Grêmio? Imagina esse texto dentro do nosso vestiário antes do jogo!
Se o Sandro já entra rachando em todas, imagina depois do Mano ler isso...

Anônimo disse...

já mandei pro grêmio via SLM.

ah, e o segundo mail do cara (odir@ds2editora.com.br) fui eu que adicionei - este é o real!!!

russell

Anônimo disse...

HOJE LEIO O QUE ESSE CARA ESCREVEU E, COM ALGUMAS RESSALVAS, TENHO DE CONCORDAR COM ELE. FORA DE CASA O TIME NÃO JOGA NADA MESMO E ESSA DE GANHAR SÓ NA TROMBADA NÃO DÁ CERTO. É PRECISO MAIS CATEGORIA.

Unknown disse...

Edir Cunha certa vez lançou um livro:"Odir cunha escolhe um macho para o comer"

Bem aventurados sejam os tricolores de coração pq todo fanatismo é cego mas odir cunha é cego sem ser fanático.