O Grêmio foi a Goiás enfrentar a Anapolina bem no horário de visita da UTI onde a minha mãe, Dona Miroca, estava internada.
Quando saí de dentro do carro estava 1 x 0 pros goianos. Quando cheguei na porta da UTI, antes de lavar as mãos e esperar pacientemente pela liberação das visitas, liguei o rádio e o Grêmio já tinha levado mais dois.
Comentei com a minha velhinha querida que a coisa tava feia, o Grêmio tava levando a maior goleada da Anapolina.
Ela pegou a caneta e o papel e escreveu, com a letrinha bem trêmula:
Por que tu não ficou em casa vendo o jogo?
Disse pra ela que o jogo era menos importante do que ficar com ela. Ainda brinquei que, se fosse numa final, talvez eu ficasse em casa. Ela riu do jeito que desenvolveu naquele lugar, mexendo os ombros e com um brilho nos olhos.
Acredito que no dia 20 de junho de 2007, dois anos e mais um dia depois daquela noite pavorosa por todos os motivos, o Grêmio vai sair campeão.
E eu vou lembrar da Dona Miroca e do Seu Tito, que me fizeram o homem que eu sou, com todos os defeitos e a maior de todas as virtudes: ser gremista.
Dá-lhe, chinelada! Não vão acabar com a gente assim!
quinta-feira, 14 de junho de 2007
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