terça-feira, 26 de junho de 2007

Um domingo qualquer? Não para o Grêmio.

Eu, Adriano, mais conhecido como o Snel, recém contratado para escrever algumas linhas diariamente (vou tentar fazer isso, prometo) faço destas mal escritas linhas, o meu primeiro post.

Eu não poderia deixar de escrever sobre a última vitória do Glorioso Imortal. Tá, eu sei, foi domingo, e hoje é terça, mas até o próximo jogo, nós torcedores de tricolor falamos sobre esse último. E o último, meus amigos, foi uma deliciante vitória maiúscula do Grêmio, que vinha meio ressabiado, meio como quem não quer nada, até meio combalido e traçou, afinal alguém tinha que pagar o pato. Ou o galo, ou o perdigão, não sei.

O jogo foi no tradicional covil, esconderijo, cabunga, caxanga, barraco do arqui-rival, o Inter-RS. Que nada mais é do que o salão de festas tricolor, apesar da cor do recinto destoar disso. Agora daremos um novo nome ao salão do aterro: La Bananera. Até por questões tradicionais que vem de muitos anos e também do presente. Perdemos na La Bombonera, mas ganhamos em La Bananera. Perfeito. Delicios. Magnífico.

Imagina tu leitor, se és colorado: Vai com a camisa do teu time preferido, o Boca, assistir ao GREnal. Leva tua bandeira do boca, tua foto do Riquelme e fica lá, fazendo palhaçada, gritando algumas palavras que convém não publicar, comendo um amendoim, tomando uma kaiser meio gelada (no Olimpico, é Polar), até o jogo começar. E quando começa o que se vê é um time só em campo, o outro pelo visto esqueceu de entrar ou ficou tão apavorado com blitzkrieg imposta pelo imortal, que mal tocou na bola e já estava perdendo. Goooooollllllllllaaaaaaaaaaççççççççoooooo de Lúcio. Aí que realmente começou o baile. Primeiro um gol, só pra mostrar qual cavalo manda na baia. Daí, num instante o Grêmio se transforma numa cavalaria farrapa arremetendo contra os imperiliastas, ou pica-paus, ou como lhe convém chamar. Cada investida é um calafrio, uma dor, um pavor para os vermículos. Um requiém de vingança pelos últimos anos de chacota e maus resultados. Um tapa de luva suja, pois os de Grêmio sempre se sujam no campo de batalha, as usual.

Daí vem o segundo tempo. A segunda parte da batalha. O imperial intrincheirado, acuado, molhado de suor, um suor gelado que paraliza seus movimentos. É o pavor. É a certeza de que o inimigo é superior como sempre foi e sempre será. É a dúvida pelos dias vindouros que se desenham como a foice da morte subindo para depois cortar fora a cabeça de saci. Pois esse ano meus irmãos, esse ano eles tem tudo para irem conhecer o inferno. Se não der dessa vez, podes ter certeza que esse dia ainda virá. Voltando ao segundo tempo - me emocionei um pouco - desculpem. No derradeiro tempo da batalha, mais uma vez é demonstrada a virtude, a raça, a vontade e a indignação gremista. Demorou um pouco mais para selarmos o match, mas que selada! Que petardo, Éder Aleixo style, de Diego Souza. Dizem por aí que o tal de Clemer, que reforça o time vindo da equipe de masters do clube do aterro, ficou até altas horas da madrugada procurando a bola em vão. E assim é fechada mais uma página na história do Grêmio. Mais uma página gloriosa. Com mais uma vitória ao estilo gaúcho de ser. Com laço, garrucha e bolhadeira. Mostrando, mais uma vez ao petulante vizinho quem é o patrão do pago.

Tenho dito.

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