quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Como de costumbre

Pra variar, a escrita segue mantida e inalterada. Lá se vão 14 meses sem perder em casa. Não vislumbro nenhum time no Brasil, na América e quiçá no mundo com um retrospecto igual a este. Não.

Ontem, um joguinho encardido, com alguns bons momentos no primeiro tempo, lá e cá. No final do primeiro tempo, o gol, praticamente de autoria de Maxi "não tem bola perdida" Lopez, dando um lençol castellano (que são aqueles que quase derrubam adversários) no oponente verdureiro e dando um toque sutil na entrada da pequena área, onde São Marcos (um dos poucos jogadores de outro time que respeito) deu um MUMUZINHO pra Rafa Marques colocar a gorducha no fundo da rede. Daí, a partida virou um daqueles momentos raros no futebol: na inconformidade por terem levado o gol, Maurício "Só um tapinha" e Obina "punhos de bigorna" se amaram em pleno campo, decretando a sorte do time suíno. Num pé-que-te-pégo, acabaram os dois se engalfinhando e no soar do gongo para o segundo round foram os dois tomar banho juntos e discutir a relação.

Daí pra um massacre do Grêmio era um abraço. Não. O Grêmio não conseguiu repetir a façanha do time de Felipão. Mas tudo bem, no apagar da luzes do Apagão 2009 nem precisava. Era só pra ganhar e mater a invencibilidade, a única coisa que nos importa agora. Sadly, but true. Mas pra ganhar, matar o jogo e o oponente, precisávamos de mais um golzinho. E quem o faz? Ele, o Senhor Indignação, Maximiliano Lopez, o cara que não acredita em bola perdida e não desiste nunca, a encarnação do espírito tricolor neste 2009 esquizofrênico. E ainda num rompante de deixar maravilhado até o mais carrancudo VUVUZELEIRO (independente de onde ele assiste o jogo do estádio). Invadindo a área, fazendo strike nos defensores, driblando o goleiro e colocando a bola, Marcão e toda e qualquer contestação do seu futebol pra dentro do gol. Um gol que significa EU QUERO FICAR AQUI, PORRA. E ele vai, tenho certeza que sim. Passa pelos pés, pela entrega e pelo voluntarismo de Maxi Lopez, o PENTA da Copa do Brasil, senhores.

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Saúdo aqui a volta de William Magrão. Saúdo aqui a afirmação, aparente até agora, do futebol moleque e atrevido de Douglas Costa. Reconheço também uns 5% de melhora no futebol de Rochemback (mas ele não merece ser capitão).

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14.000 e poucos torcedores no Olímpico ontem. Apesar do jogo valer bananas (pra macacos, óbvio), e o Grêmio não ter mais nada a fazer no certame a não ser manter a invencibilidade. Um bom público.

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Mais uma vez, sensacional a cena de Boxe entre Obina x Maurício.

6 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo texto, conseguiste dizer exatamente o que foi o jogo!
Mais uma vez, parabéns!

@snel disse...

:D

heraldo disse...

beleza, continue ocultando a mercenarice e mediocridade do souza, o bosta.

Anônimo disse...

O Ajax em 1995, Adriano. Mais de 2 anos sem perder em casa e, como se não bastasse, fora.

@snel disse...

Bem lembrado, Anônimo (caras, coloquem seus nomes, não tem problema nenhum e não gera SPAM). Mas não dá pra comparar aquela seleção do mundo. E ficamos por pouco de ganhar deles.

Era um time INCRÍVEL aquele do AJAX: Van der Sar (novo), Litmanen, Bergkamp, Davids, Finidi, Overmars, se não me falha a memória. E o técnico era o Louis Van Gaal. Foda, uma seleção do mundo.

Anônimo disse...

Olá, eu denovo. Agora não pra falar da polemica de entregar jogos. Só pra corrigir o timaço do Ajax: Van Der Sar, Reizeger, Blind, Bogarde, Frank DeBoer, Ronald DeBoer, Litmanen, Davids, George Finidi, Kluivert (autor do gol do título europeu frente ao Milan) e Overmars.