segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Um chutador
Em 18 de outubro de 1959, pela Taça Brasil, o Grêmio foi a Belo Horizonte e comeu carreteiro de galo com um sonoro 4x1 (onde até o gol deles nós fizemos). O time base tinha Airton Pavilhão e Ortunho na zaga, Calvet de centro-médio, Juarez na centrovância e um dos melhores meio-campos que o tricolor já teve (opinião de muitos da velha guarda), composto por Gessi e Milton Kuele. O primeiro, um jogador habilidoso e goleador, mesmo na meia direita; o segundo, um batalhador incansável.
O sistema era o WM, o futebol era diferente, mas para quem se interessa pela história do tricolor e tem acesso às Revistas do Grêmio desse ano vai notar, ao ver as reproduções de gols (como essa que coloquei aqui), que muitos dos nossos eram resultado de tabelas e chutes de média distância dos meias do Grêmio. E isso é uma coisa que, no que me consta, falta ao nosso time - e não é de hoje. O Tanque, nessa época, era uma arma em bolas na área, quase como fazemos com o André Lima. Mas não temos atuando um Gessi, para chutar quando recebe o pivô. Sempre tem um toquinho a mais.
Isso veio na minha cabeça depois de ver na internet, hoje, as matérias com a participação do Escudero no jogo treino. Será que não seria útil se chutássemos mais? Fazia muitos jogos que não ficávamos em branco - um dos motivos era o Finado, que fez um monte de gols que poderiam ser representados exatamente como a figura. Alguém tem que assumir essa tarefa. E essa resposta pode estar na pátria de Germinaro.
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2 comentários:
Quando voce falou já me veio à cabeça o Escudero, era o que faltava, mas se o finado que voce diz era o Jonas, voce está enganado, ta mais para função do Borges quando sai da área que dele, até porque nada me tira da cabeça que o Jonas sempre foi ruim (não que eu não agradeça os gols dele)mas não é atoa que André Lima fez 10 gols bem rapidinho, Milton e Gessi hoje esta mais para Doglas e Escudero, mais ainda que Carlos Alberto.
Nota, nessa era Renato, os jogadores responsáveis pelos gols foram Douglas e Rochemback, nessa ordem.
Sou facinado por essa 'ERA' do foot-ball, no tempo que futebol era uma arte, mais era Bretão, talvez por isso era arte, hoje futebol arte se resume em jogo sem objetivo certo.
Também gosto desse tempo, Eduardo. Vivo trocando figurinhas com meu sogro sobre esses jogadores. Quando olho para as revistas do Grêmio daquela época fico fascinado.
Mas quanto ao Finado (sim, aquele mesmo que tu citou), bem rapidinho penso em uns cinco gols dessa posição ano passado: contra o Botafogo aqui, no último jogo do ano, contra o Avaí lá, contra o Botafogo lá, contra o Vasco aqui, contra o Santos aqui, na CB. E tenho certeza que se eu fizer aquele jogo murrinha do clicRBS (http://grem.io/76c) eu ainda vou encontrar mais, só no Brasileirão.
A diferença principal dele em 2009 para ele em 2010 foi que o Renato mandou ele chutar para o gol e começou a dar dicas de como fazer. E ele tentava tanto que no início era irritante. Mas depois aprendeu a dosar.
Saludos,
Fagner
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