Nos dias de hoje, existe uma coisa bastante valorizada para todo o mundo: o tempo. Seja buscando no passado um ídolo, lembrando saudosamente da época de uma conquista, gastando ele em passatempos ou rezando para ter um pouco mais, porque o seu já acabou. De tão importante, ganhou mais um significado em português com a adoção do nome em inglês: timming. Assim, cada coisa tem sua hora. E a hora é de que, afinal? Dar apoio ao técnico novo? Sem dúvida. Apoiar o time inteiro dentro do campo? Sim. Acreditar que a maior força do time é o torcedor? Ô, se é.
Mas também é o tempo de não deixar passar o que se pensa, pelo risco de não ser taxado, depois, de oportunista. E também para dar a ótima oportunidade de ser cobrado, ou lembrado, ou chacotado, quando mais tempo tiver passado. É assim em todos os momentos da vida. O Odone perdeu o tempo de mandar o Renato embora, quando a renovação foi para valores astronômicos, com a desculpa simples de que faltava caixa. O Renato perdeu o tempo de lançar os nomes que o torcedor queria, como faria um bom marqueteiro (embora fizesse um pouco disso nos jogos em casa) e, como viu que o tempo não esquentava no termômetro, só no vestiário, não perdeu tempo e pediu o boné.
Assim, eu também não vou te fazer perder tempo lendo um post longo para dizer o que eu penso. Para mim, a contratação do Julinho Camargo como técnico do nosso time profissional é a maior merda que qualquer gestão de futebol no universo poderia fazer. Nem o Plein tinha um currículo tão medíocre quando assumiu o Grêmio, pois tinha, pelo menos, uma final de gauchão e tinha sido jogador profissional. O Julinho veio com uma campanha de oito empates e três derrotas no seu penúltimo time. E não importa qual tenha sido o papel do seu avatar nos resultados do último time, a campanha é tão fraca quanto a do Renato. Mudou seis por cinco.
E se der certo? Aí, meu filho, vamos comemorar, porque nosso time teve sorte. As chances de sucesso não são 50-50. Julinho Camargo ganha menos que o Clementino, tem a idade do Gilberto Silva e nunca subiu além de São Paulo com um time principal. Que autoridade ele vai ter? Que conhecimento vai passar? Quantos volantes ele vai botar para jogar? O treinador precisa de tempo para mostrar trabalho. Porém, o potencial para dar merda é monstruoso - ele vai mais aprender do que ensinar. Aposta se faz em pré temporada. E para isso, mais uma vez, a direção perdeu tempo.
Estou errado? Bem, isso só o tempo dirá. Gosto de chimarrão quente. Quero queimar a língua. Mas não tenho, nesse exato momento, esperança nenhuma para o restante do campeonato. Não dá mais tempo. Não acredito que dê com esse treinador. E o tempo do Odone se foi.
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4 comentários:
Excelente. concordo em genero, numero e grau. Análise realista. Não tenho esperanças de que esse cara possa dar certo, achei uma cagada dupla do Odone (demissao + contratação). A única coisa que espero é que o Grêmio não acabe disputando o campeonato do rebaixamento. Esse blog as vezes se perde no ufanismo. Acho que vai dar merda, mas não deixo de ser gremista por achar isso.
Mui Bueno companheiro.
Disseste tudo: trocar o Renatão por esse aí é trocar 6 por 5.
Regredimos.
Que São Lara nos ajude!
Fala Rapaziada do Blog,
Excelente posicionamento e texto Fagner. Recomendo também o texto do Bonatto no blog do torcedor.
Pois é, creio que este ano será difícil um "algo mais" com esse time.
Ando meio pessimista, mas adoraria queimar a língua e ver esse time decolar.
Mas, como acredito em gestão, planejamento, é contra meu princípios acreditar que dará certo. Se der, melhor. Mas do jeito que anda a gestão do Grêmio, será apenas uma série de bons jogos.
Grande abraço
Felix
Pra mim é mais uma decisão politica, coloca ele q se der certo foi outro milagre do odone, se não der ninguem esperava mesmo, e dae sim demite ele e coloca o treinador que ele (odone) queria, já sem toda aquela pressão da demissão do Renato.
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