segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Apertem os cintos, o piloto sumiu.

O Grêmio não existe mais. Aquele time guerreiro, das viradas improváveis, das conquistas inacreditáveis, não existe mais. Ele foi engolido por egos e vaidades, dentro e fora do campo.

Hoje a gente torce prum time sem identidade. Um time que vai jogar fora de casa contra o poderoso Atlético Goianiense com 3 volantes. E mesmo assim perde. Perde aos 45 minutos do segundo tempo. E o pior: tudo que eu escuto depois do jogo é que a expulsão do Rafael Marques foi determinante pro desastre total.

Por favor, ACORDEM! O Grêmio perdeu muito antes do Rafael Marques pisar em campo. O time, mais uma vez, não chutou a gol. Não mostrou jogadas - acho que teve UMA triangulação durante todo o jogo. Não mostrou padrão de jogo. Não mostrou vontade de atacar, chegar no fundo, cruzar... Na boa, não mostrou nada melhor que qualquer time da Copa Paquetá.

O que temos pra hoje é um Dodge sem freio descendo a Lucas de Oliveira na contramão. Os ocupantes se estapeando no banco da frente, brigando pela direção.

Odone, desde que assumiu, foi paulatinamente destruindo tudo do pouco de bom deixado pelo Duda Kroeff.

E eu não to aqui falando do que acontece dentro do Olímpico - até porque não sei se tenho coragem nem saúde pra olhar lá pra dentro. Mas é fácil olhar pra trás e ver as besteiras em cascata.

Pode ser a não vinda do pilantra dentuço, a saída do Jonas, a falta de punch no "case" CBF/Globo, a omissão na hora da troca de comando técnico - essa sim, foi o escancaro do despreparo.

A demissão de Renato, de forma precipitada e totalmente sem planejamento, com uma substituição pífea, uma aposta num momento totalmente errado... E, de novo, não to defendendo o Renato. Só to tentando organizar o festival de bizarrices que jogaram na minha cara nesse último ano.

A pior parte é chegar em agosto com uma única certeza: nós vamos lutar pra não cair.

Temos um GREnal domingo que vai ser tudo, menos tranquilo. Depois, jogamos contra o líder em São Paulo. São dois jogos difíceis e determinantes para o nosso futuro. E eu vou continuar indo pro estádio pra apoiar da melhor forma possível. Vou esperar pacientemente o apito final do juiz. E então vou vaiar muito pra ver se essa corja de despreparado toma uma atitude corajosa: sem se esconder atrás de cavalo de polícia ou gás lacrimogêneo.

O momento é de pressão sim. Mas não em cima dos jogadores. Por pior que possa parecer, ou por mais que alguns deles mereçam, precisamos dar tranquilidade pra que a situação não fique ainda pior. Mas a diretoria... essa tem que ouvir. E tá mais do que na hora da torcida (Alô, Geral?) começar a pressionar nosso "Ricardo Teixeira dos Pampas", o todo poderoso Paulo Odone.

Antes eu tinha certeza que não corríamos nenhum risco de rebaixamento. Não porque o time atual é bom. Mas porque tem 4 candidatos implorando por um lugar na série B. Ou melhor, 5: acabamos de entrar nessa turma sem noção.

Parabéns a todos os envolvidos.


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