quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Claudicante

Se antes o problema era ter que sair sempre atrás do placar, ontem a questão foi não conseguir segurar a vantagem. Não sei como é que todos os principais jogadores, pelo menos os que jogaram bem em 2010, podem estar má fase ao mesmo tempo.

Victor falhou no segundo gol mineiro, ok. Mas como é que deixam, aos 43 minutos do segundo tempo, algum adversário cabecear à vontade quase dentro da pequena área? Gilberto Silva não alcança a bola e Rafa Marques se encolhe todo, esperando a bola bater na sua cabeça. Essa foto do Ducker ilustra bem o lance.

O futebol do André Lima deve estar no mesmo lugar que o do Gabriel. Impressionante. Não ganhou UM ÚNICO LANCE o tempo que esteve em campo. Parecia que jogávamos com 10. Mário e Rocka foram os únicos que se salvaram.


Gol de pênalti do Rocka gravado em Full HD*

Antes, o problema era a má formação tática, pois um coletivo mau arrumado prejudica o desempenho individual. Esse argumento foi usado pra justificar a demissão do Renato e, pelo jeito, não era o único problema.

Defensivamente, a equipe até está mais organizada em campo mas, na hora de atacar dá nos nervos. Contra o Atlético, não foi uma ou duas vezes que o Lúcio ficou esnucado perto do bico da área mineira. Ninguém encostava pra jogar e ele acabava perdendo a jogada. Isso sem falar que a movimentação dos meias e atacantes não tem nada de organizada. Cada um corre pro lado que julga o melhor e, não raro, acabam se embolando em campo e diminuindo as alternativas de passe de quem está com a bola. Ou seja, nada ou pouco evoluímos nesse sentido.

O Fernando Becker levantou uma hipótese no seu twitter ontem que eu não posso acreditar que seja o tal motivo. Disse ele:
"Hoje, fiquei sabendo de uma diferença deste Grêmio com o do ano passado:o dindin($$$). Em 2010 o bicho era pago no vestiário, após os jogos."
"Neste ano não é assim. Ano passado os jogadores tinham um bom lucro por partida. Num dos Grenais, o bicho foi de 22 mil, a vitória."
Pô, o jogador ganha um salário astronômico e vai se esforçar menos se não ganhar uns pilas logo após o jogo? Aí é demais. Se fosse verdade, era só cancelar o pagamento de salários e pagar um bicho bem gordo por cada vitória.

É vital descobrir as causas dessa queda contínua de desempenho o quanto antes e solucioná-las. Ou nem o Roth salva.

Um comentário:

Felix disse...

Grande Minwer,

Olha, está difícil de acreditar depois que leio a notícia da demissão de Julinho Batatinha.
Não gostei da demissão do Renato, muito menos gostei da contratação de um cara sem experiência com vestiário recheado de medalhões.
Mas, demitir o cara com menos de 1 mês é queimar desnecessariamente o trabalho de uma pessoa séria como o Julinho. Ridículo e uma tremenda falta de respeito com o profissional.
Uma pena, simplesmente estamos sem rumo com essa Direção.

Abraços
Felix