sábado, 6 de agosto de 2011

Então voltamos

O empate foi modorrento, mais uma vez sem o nosso tricolor acertar um chute no gol durante noventa minutos (ou melhor, um, considerando a falta do Rochemback). O time jogou mal do meio para a frente, com alguns lampejos de lucidez muito esporádicos. Isso significa que detestei do jogo? Não. A fase está tão crítica que, contra o quinto colocado do Brasileiro, que havia ganho cinco jogos e não perdido nenhum em casa, um empate sem ser vazado foi um resultado aceitável.

Se existe algo a comemorar, creio, foi o retorno de uma característica do Grêmio esquecida desde a última passagem do Roth pelo Grêmio: fazer mais faltas que o adversário. Não que eu faça uma apologia à pancadaria desnecessária. Existem faltas que truncam o jogo e impedem o ataque rápido ou a troca de passes. Essa é uma característica que para até o Barcelona - mata a jogada, lá longe. Ainda falta muito para ser como era em 2008, quando fazíamos 50 faltas no jogo e tomávamos só um amarelo. Hoje amarelamos três. Mas, por outro lado, roubamos 21 bolas - o que não fazíamos há tempos.

Outra coisa que gostei de ver foi o posicionamento defensivo na bola aérea. Não que tenhamos sido perfeitos no quesito (quase tomamos um gol em uma bobeada), mas não falhamos em todas, o que é um alívio. E os jogadores estavam sempre nas mesmas posições - o que era raro nos tempos do Renato. A bola aérea ofensiva também mostrou ao menos duas vezes algo que se pode chamar de ensaio, mesmo que mal executado - aquele lance clássico da fila na marca do pênalti, que o Roth sempre fazia em 2008.

Enfim, foi ruim, mas foi menos ruim do que estava. Agora uma semana de trabalhos e, de repente, algumas coisas voltam para os eixos. Vamos torcer. Ou pedir uma ajuda para a Difunta Correa. Dizem que, como agradecimento, vários atletas deixam algo lá. O San Martín, recém promovido à primeira divisão, deixou todo o uniforme lá. De repente, deixamos o Odone no Vallecito.

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