terça-feira, 6 de setembro de 2011

Se não, vejamos...

Bem, depois de muito tempo, finalmente pude apreciar novamente um jogo no velho casarão. E pude, também, ver a diferença entre o Grêmio de Renato e o Grêmio de Celso Roth (o de Julinho, eu simplesmente não consegui, tamanha a sua brevidade). E tem várias. A mais óbvia, o esquema de jogo, mostra uma necessidade: o Grêmio do Renato estava manjado. Como já havia falado faz aglum tempo aqui no Blog, o 4-4-2 losango já era o esquema de muitos dos adversários do Grêmio quando estávamos dependendo apenas da qualidade individual para decidir partidas - o que estava faltando e poderia, quem sabe, ser suprido com as tais novas peças. Aí, ficávamos sem um resultado positivo e com muita pressão.

Estes tempos ficaram no passado. Agora temos o 4-5-1, com dois volantes e três meias, sendo que Escudeiro e Marquinhos não guardam posição. Foi o terceiro jogo do esquema que o Roth viu afundar contra o Mazembe. A diferença é, naquela época, se não me engano, era executado com três volantes, enquanto temos jogado apenas com dois. O resultado dessa postura é que vamos melhorar nas partidas fora de casa e nos jogos contra os times "grandes" ou desesperados, como no caso de Domingo. Quem quiser nos atacar, vai ter muitos problemas, pois vai sucumbir com os contra-ataques.

O Grêmio só anda conseguindo roubar a bola na defesa, principalmente com o Mário Fernandes e agora com o Edcarlos. Para definir Júlio César ainda é cedo, fez uma boa jogada no último jogo e mais nada ainda. O Saimon tá dando bico para onde aponta o nariz, o que é bom para não tomar gol, mas péssimo para a característica desse novo Grêmio: toques rápidos desde a defesa, tabelas e infiltração com o adversário desarrumado. Todos os gols e o lance do pênalti foram criados em contra-ataques desde a defesa. Não temos conseguido destruir o lance do adversário no meio campo - o que faz que tenhamos muitos problemas contra equipes efetivas: uma vez que tomamos o gol, não vamos fazer, a não ser se tivermos uma bola parada. Para isso, devemos chutar mais a gol de média distância.

Temos muita criatividade no meio, mas ainda vamos ficar com apenas um atacante para ser desmontado pela defesa. A não ser que ele faça como o André fez no seu segundo gol: não esteja no lugar onde o Centroavante deve ficar. Ele se destacou Domingo porque o adversário, desesperado, tentou ir ao ataque. Provavelmente volta a se dar bem contra o Flamengo, aqui no Olímpico, e times do gênero. E quando enfrentarmos novamente o Atlético Goianiense? E se o adversário ficar com seis na defesa o tempo todo, com três volantes, como o São Paulo vem fazendo? Acho que o esquema, embora eu não goste, está dando resultado. Mas também ainda não inspira confiança e deve ter altos e baixos. Vou ficar torcendo para que o entrosamento entre os nossos três meias acabe fazendo que tenhamos poder de fogo e infiltração contra retrancas, o teste que falta.

Por enquanto, resta a estatística: três jogos em casa com o Roth, três vitórias. Estamos voltando a ser quem manda aqui. Se mantivermos isso, não há o que temer e vamos disputar uma vaga na Sulamiranda. E este bem que poderia ser um bom planejamento para 2012: ganhar esse torneio para dar rodagem para o elenco em decisões, pois é mata-mata o tempo todo.

2 comentários:

Menezes disse...

Aaaaah, como é bom quando tudo volta ao normal e eu discordo quase que INTEIRAMENTE do Fagner Borbulhas :D

Fagner disse...

Fico pensando o que tu concorda, Menezes, nesse monte de coisas que eu escrevi. Me avisa aí para eu poder mudar.

Saludos,
Fagner