sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pegando carona num comentário do Fagner

Tomei a libedade (sem consultar) de postar este comentário do Fagner, porque ele ficou muito perto do post sobre o jogo que eu ia escrever - mas faltou tempo e saco.


"Na boa: (nunca imaginei que iria escrever isso um dia) preferi a narração do Galvão Bueno. Embora o Falcão tivesse os mesmos vícios dos outros comentaristas daqui, o Gayvão viu três coisas que eu considerei importantes e que só ele (na imprensa) viu: muitos dos "erros de defesa", tão criticados pelo Falcão, foram pelo lado direito, onde o Makelelê não faz absolutamente nada (onde já se viu um adversário dominar no peito tantas vezes quanto ontem?); o Adilson está se firmando cada vez mais, embora muita gente ainda não tenha dado o braço a torcer; o Souza não foi o melhor do jogo, como o Falcão quis inventar (parece que, para todo o grupo RBS, na dúvida o melhor é o Souza) e, embora eu discorde que foi o Maxi Lopez (fica em segundo, pra mim o melhor foi o Vítor), como o narrador falou, pelo menos foi uma escolha de quem viu o jogo, e não de quem pediu auxílio para quem só está a fim de entrar na onda dos outros pilheiros de plantão. O pessoal da imprensa daqui se viciou em criticar sempre os mesmos e parece que, em alguns momentos, esqueceu que o Celso Roth já foi embora, e critica injustamente para, mais uma vez, reinventar a tal da gangorra (e o pior é que o time ruim para eles, o time que a defesa falha, que não tem armação, que tem o ataque inoperante é o primeiro colocado entre os brasileiros na LA). E em outros momentos facilita demais: tá certo que é um interino, mas trocar seis por meia dúzia, como ele fez duas vezes, e ninguém diz um ai; e o que ele tanto tem com o Orteman? E por que não criticam mais o 3-6-1? Tem torcedor que não enxerga, mas o Grêmio só mudou uma coisa: o Roth - o sistema de jogo é o mesmo, o time tá jogando do mesmo jeito (a bola tá entrando, mas é fase, não adianta), quem errava continua errando, quem acertava continua bem, continuam existindo substituições difíceis de explicar... Tá bem difícil mas, ao que parece, vai ser melhor de ver o jogo com Casagrande e Galvão Bueno do que com Paulo Brito e Batista/Saraiva. Vão falar bobagem, é certo que vão, como sempre; mas pelo menos vão parar de tentar inventar crise, notícias absurdas, dar moral pra jogador que não joga nada só para agradar torcedor. E isso é geral, até no rádio, que já aposentei faz tempo.

Saludos,Fagner"


Concordo com tudo - esquema, Roth e comentaristas, mas queria reforçar 3 coisas: a fragilidade do Makelelê no jogo e a voz de comando no vestiário - que resultou na terceira coisa - o Adilson também falhou muito, mas só no 1º tempo.

Eu sei que o Tito aposta no cara, mas o Makelelê errou demais. Quero mais que ele cale a minha boca e arrebente... mas ele é esforçado, e só.

Agora, discordando um pouco do que o Fagner escreveu, não quero fazer injustiça com o nosso interino.

O Marcelo Rospide fez uma coisa que eu não vejo acontecer no Grêmio há muitos anos: ele deu um mexida boa no vestiário SIM.

Sem trocar peças, ele mudou o jogo apenas observando o que acontecia dentro de campo.

Não sei se alguém notou que no segundo tempo ele praticamente jogou o Adilson na lateral esquerda e adiantou o FSantos, abrindo espaço pro Souza deitar e rolar atrás do lateral direito deles.

Com isso, melhorou muito o aproveitamento do Adilson, que realmente fez um ótimo segundo tempo. Até porque, preso lá atrás, ele não perdia aquelas bolas bobas de quem sobe com ela e não sabe pra quem passar depois. Talvez por isso, sou daqueles que ainda não confia no guri. Sorte que o Rospide me mostrou que ele pode melhorar, e muito, durante o campeonato.

E já que falar do Maxi é chover no molhado, quero terminar a nota elogiando mais uma vez o comentário do Fagner: valeu pela escada!

"Saludos", Tiago

3 comentários:

LBR disse...

casagrande segue na rehab.
teremos o macaco-secador-batedor-de-punheta-pra-amigo-do-tenis agorando até o fim.
e sairemos campeoes!

Fagner disse...

Tiago,

boa observação sobre a mudança do Grêmio para o segundo tempo, mas ainda preciso ver novamente o Rospide no Olímpico para poder avaliar isso melhor. Houve sim uma mudança, mas la U também mudou o modo de jogar; saiu da nossa direita defensiva, onde tentou quase todas no primeiro, para a nossa esquerda. E realmente, o Adilson chegava sempre primeiro para marcar a bola lá, mas não sei se foi por indicação do técnico ou por que o Fabio estava jogando mal. No tempo do Roth, a cobertura do lado esquerdo era sempre do Tcheco, o que, realmente, mostra dedo do Rospide. Mas o time, contra o Aurora, tava uma zona, com os jogadores fazendo o que queriam. Vamos ver. Temos técnico para, pelo menos, até o jogo contra o Boyacá.

E sempre que algum comentário ajudar a criar um tópico para discutir o nosso tricolor, fica a vontade para colocar trechos nos posts, não precisa pedir.

Saludos,
Fagner

Fagner disse...

Ah, esqueci uma coisa: as burradas do Adilson quando sai com a bola são, na minha opinião, muito em função das atuações do Souza. Os volantes são o Tcheco e o guri. Num contra-ataque, quando ele geralmente erra na saída de bola, um dos dois deu o bote, mas estão em posicionamento defensivo - atrás da linha da bola. Quem tem que aparecer para receber no meio, geralmente no círculo central, é o meia - coisa que o Tcheco fazia sempre no ano passado. E é a única coisa que o Souza não faz - ele se movimenta muito, mas, invariavelmente, partindo para o ataque junto, caindo para alguma ponta, e não vindo na direção contrária, pra fazer o pivô. O que sobra, geralmente, é a jogada individual, pois fica um deserto o meio campo - ou, quando o Tcheco que sai, levar a bola até ser derrubado. Quando o Magrão saía, no ano passado, era uma em duas: largava no Tcheco e corria para buscar, na surpresa, lá na frente ou, com o Tcheco trazendo o marcador, entrava nas costas dele, no espaço que ficava aí. Torço para que o próximo técnico ou dê um banquinho pro Souza, ou jogue no 4-4-2, com o Júlio César, Adilson, Tcheco e Souza, com uma defesa de Ruy, Léo, Réver e Fábio Santos. Perdemos muito do Ruy, e o Fábio não sabe defender, mas acho que, do meio para a frente, funcionaríamos melhor.

Saludos,
Fagner