Agora sim. Depois dos tropeços, naturais ou não, dos primeiros 6 jogos do Yedão 2010, eis que o Grêmio realmente começa a sua temporada. Formatado num esquema 4-4-2, mas com algumas "gambiarras", o Grêmio não tomou e não deveria tomar conhecimento do fraquíssimo quadro da Ulbra, ou melhor, Canoas, ou melhor Universidade, ou melhor Mathias Velho Futebol Clube.
Independente ou não da força do adversário, considero o jogo um bom parâmetro pra avaliarmos o elenco do Grêmio. A horrenda e afrontosa formatação no preguiçoso e insosso 3-5-2, foi trocada e creio que esquecida, em prol do 4-4-2, ou como prefere o Professor Valdir Ataualpa Ramirez Espinosa, 4-1-3-2, com dois zagueiros, dois laterais (um enfezado e o outro mais contido, algo como Arce e Roger, porém trocando os lados, dessa vez com a esquerda mais aberta e soltinha), uma clássico (porém hoje modernizado) volante de contenção, três meias, mas um deles com características de segundo volante, mas com boa/ótima saída de jogo, e dois meias. Sendo um deles de perna esquerda. E na frente, dois atacantes, movediços e letais.
Isso é uma formação bem inteligente. Apesar de que algumas peças ainda precisam de melhores encaixes, e mais entrosamento, voto nessa formação do Grêmio, que ojalá, treine à exaustão e com muitas variações de jogadas, teremos um belo resultado final.
Sobre as individualidades da partida de ontem, Victor mais uma vez mostra porque é um cheque em branco (apesar de que eu gostaria que ele ficasse no mínimo uns 10 anos vestindo o manto). Mário fazendo o que não é sua, mas mostrando que tem bola até pra atacante: momento clássico de ontem, sua dominada "de chapéu" no atacante do Mathias Velho F. C.. Maurício e Rafa Marques, um desses dois tem que bailar. Dou preferência a saída de Maurício, pois não fede e não cheira. Ferdinando de primeiro volante, tirando a negativa ofensiva do adversário se saiu bem. Até que não errou tantos passes. F. Rochemback me pareceu ter readquirido sua antiga bola, aqui também descontando o irrisório adversário. Maylson tomou a 11 para si e não deve mais sair do time. Douglas mostrou porque foi um dos melhores jogadores da Copa do Brasil do ano passado. Jonas não errou tantos gols dessa vez. Se movimentou como um lebre ensandecida, articulando jogadas e dando um MAGISTRAL passe pro primeiro GOLAÇO do jogo. Já Borges pediu música no final do jogo, fez 3, mas poderia ter feito 5, não fosse sua imperícia em fazer gols feitos. Isso é um problema, pois as vezes não teremos chances de fazer senão essas.
De bom também saúdo a entrada de William Magrão, apesar do pouco tempo e de sua total falta de ritmo. E mesmo assim, é muito melhor que o menino-Adílson.
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Começa a Copa do Brasil essa semana. O Grêmio vai até a Bolívia do Leste enfrentar o Oriente Petrolero de Araguaia ou Jorge Willsterman, ou simplesmente Araguaia. Nunca ouvi falar desse time a não ser pelo nome que remete a Guerrilha do Araguaia (clica aqui se quiser saber mais), mas acho que não tem nada a ver. Provavelmente o Grêmio vai enfrentar um calor modorrento, tão ruim quanto o que tem feito em POA nestas últimas semanas. Entretanto, se fizer 2x0 recebe um brinde da tia CBF e tira folga do próximo compromisso. E isso só é bom pro time ter mais tempo, nós torcedores queremos ver MATA-MATA. É disso que vivemos, mas podemos abrir mão desse primeiro embate.
Nessa CB tem alguns adversários xaropes, entre eles o Palmeiras (eterno freguês em mata-mata), Santos (outro), Fluminense, Vasco e Atlético-MG. Mas sempre pode aparecer alguma surpresa, como o Paulista de Jundiaí e o Santo André foram.
E tudo que espero do Grêmio é sangue no olho, vontade de ganhar sua QUINTA COPA DO BRASIL independente de tudo. Enfim, espero um Grêmio que seja Grêmio. E acho que ele vem aí. Independente se o adversário é o Universidade ou o Araguaia (ou Oriente Petrolero de Araguaia).
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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2 comentários:
Penso que todo e qualquer adversário é parâmetro, desde que se faça o que o Grêmio fez ontem. Ah! é ruim? Muito ruim? Soca eles. Sem dó nem piedade. E fizemos.
Quanto ao time, acho que tivemos boas notícias. Douglas é o 10 clássico. Futebol cadenciado, onde quem corre é a bola. Bate fácil na ‘nega’ e volta meia pifa um avante em total condição de marcar. Além do que, a nossa bola parada, principalmente pelos flancos do campo, volta a ser um perigo constante ao adversário.
Roca está em forma, novamente. E em forma briga pela jaqueta 8. Magrão voltando. Outro que, readquirindo o seu ritmo e seu condicionamento é favorito a titularidade na meia cancha.
Falta um zagueiro. Para compor dupla com um dos dois, na minha opinião, o Rafa Marques.
Mário é craque.
Queria ver o Saimon atuando na zaga.
Mithyuê é ambicioso. Participativo. Não tem medo de arriscar um chute e dar um balão, como fez ontem em duas oportunidades. Acho que começa a surgir uma boa opção ofensiva ao tricolor.
Mailson acho que rende mais vindo mais de trás.
Borges desencantou após perder duas clamorosas chances de gol. Me pareceu displicente. Mas teve gana para reverter seu início pífio.
E aí é o ponto crucial do atual momento tricolor. Bem ou mal. Com ‘gambiarras’ ou não. O time está com gana. Lutando e brigando. Querendo ganhar até o par ou ímpar do sorteio dos capitães. E esse espírito me serve. Muito. Sempre.
Acho que temos boas opções para um time equilibrado e competitivo. Que entra como forte candidato a CB 2010.
Abraço.
Bruno
Acho que nem tão ao céu, nem tão ao inferno. Não está tudo lindo e maravilhoso. Estamos no caminho, ainda. Mas concordo que a formatação de ontem parece a ideal. O Mário subiu uma vez só e, por diversos momentos, tivemos o "insosso" 3-5-2, com o Mário de líbero. Mas no geral, tive a mesma impressão do Snel: a defesa do Felipão.
Acho que o sistema é esse, mas as peças do meio para frente vão mudar - com excesão do Jonas, do Borges e do Douglas. Pra mim, o Fernando podia ser titular no lugar do Ferdinando; o Maylson e o Hugo brigam por posição, sendo que o nosso guri pode até fazer a do Douglas. Voltando o Leandro, deve ser titular com a onze desse esquema, pois tem toda a possibilidade de jogar quase como um ponta direita, carregando a bola do meio para o fundo.
Não gosto do Rochembak, nunca gostei e não acho ele melhor que o Adilson ou o William. Mas uma coisa eu tenho que admitir: ele fala no meio campo, coisa que estava faltando mesmo (e bato nesta tecla faz tempo por aqui).
Ou seja, opções. E, pelo andar da carruagem, vai ser difícil reclamar de lesões quando o time engrenar. Acho que o futebol conseguiu fazer, em quase todas as posições - e isso é mérito - aquilo que o Silas pediu: dois jogadores brigando por posição. Falta só a defesa.
Saludos,
Fagner
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