Entretanto, contrariando a história dos times vencedores do Grêmio, nada de um uruguayo, nada de um paraguayo, nem porteño, enfim, ningún castellano. Longe de mim fazer coro e achar que o time pra ser vencedor tem de ter um castellano. O Grêmio que HORRORIZOU o Brasil em 2001, com um futebol JAMAIS VISTO por essas bandas não tinha sequer um. Pero, isso é uma excessão da regra.
Mas voltando a Paulo Silas, e a cilada em que ele se encontra: até agora vemos em campo um ESBOÇO mal acabado de futebol. O que sobra na frente (e agora não vai sobrar tão cedo, já que El Sereno Borges tá de molho) falta, e muito, atrás. Até agora, em quase dois meses, ainda não temos uma consistência defensiva. Pode ser que as peças sejam ruins, pode. Pode ser que esteja faltando entrosamento? Sim, porque não? Pode ser que estejam mal orientadas? Também, pode ser. E pode ser que falte imaginação do técnico e pau na mesa da direção. Enfim, pode ser qualquer coisa.
Acho que não precisamos de mais um zagueiro, que nem veio esse tal de Ozélha. Creio que tendo Maurício, Rafael Marques, Loco Fernandez, Saimon, Rodrigo e Neuton, estamos MAIS QUE BEM SERVIDOS. Mas creio ainda que nos falta um DESTRINCHADOR, um "AÇOGUERO", um FASCÍNORA, sedento por sangue de canela adversária a zelar pela ordem e tranquilidade da zaga. Pois é isso que o Grêmio não tem. Alguém que faça as vezes do porteiro. O cara que decide quem entra e quem não entra no campo de defesa.
Pode ser que o Fernando, o promissor jovem, bi-campeão da Sub-20 seja esse nº 5, ainda que sem as credenciais supra-citadas. Pode ser que Loco Fernandez possa fazer essa função, já que desarma bem e tem bom passe. Mas daí seria uma improvisação. Mas também pode surgir uma solução. Ainda sobre o Mário, que é CERTO que vai ser vendido no meio do ano, deixa ele na zaga, ou fica na lateral se o tal de Edílson não render o esperado.
Dinho: o SUPRASUMO da 1ª volância. Eterno.
Pra concluir, deixo EXPLÍCITO que o problema do Grêmio não é a zaga, ainda que ela não seja a ideal, ainda mais pra nós acostumados com grandes zagueiros. O nosso problema é o miolo. A ligação entre defesa e ataque. Pois Rochemback sobe e depois fica tendo devaneios de atacante, sendo que é o segundo volante. Adílson é um bom reserva, e só. William Magrão precisa de ritmo, porém também tem o costume de subir mais que deve. Pois é isso senhores; é necessário a famosa LIGA; a compactação do meio, sem espaços pro inimigo. Do jeito que tá, e é só observar, sempre tem UM PISCINÃO DE RAMOS no meio do Grêmio, onde todos adversários se divertem e nós nos escabelamos.
Urgente é a necessidade de correção desse problema, que a partir daí, o Grêmio vai engrenar e entrar no PRUMO, de uma vez por todas, não tenho dúvidas.
2 comentários:
Concordo que precisamos de alguém que desarme no meio campo. Não precisa ser um fascínora (embora seja muito mais divertido quando a gente tem um), pois o Rafael Carioca passava longe desse esteriótipo e era chefe do setor. Tem que meter o pé na bola, mesmo que tenha alguém na frente dela. Tem um monte de volante no grupo para isso mesmo.
Mas escrevo aqui mais para falar do Ozéia. Me lembro dele só de jogar Championship Manager. Mas gostei da entrevista dele. Tomara que ele se esforce tanto quanto é esperado de um torcedor que tenha essa oportunidade. Mas o que mais me chamou a atenção foi quando perguntaram para ele quem era o modelo de zagueiro que ele queria seguir: "Aquele cara ali ó... o Baidekão". Se jogar um terço do que jogou o nosso armário de porta aberta e receber títulos nesta mesma proporção já está de bom tamanho.
Dois zagueiros trazidos pelo Jorge Baidek. Pode ser um bom sinal. E tem mais: acho que o Saimon e o Mário não duram muito tempo no Olímpico. Já cansei de me angustiar toda a vez que escuto "Jorge Machado" nos noticiários esportivos. Já cansou de trazer e tirar gente boa do Olímpico com a mesma velocidade.
Saludos,
Fagner
O que falta pra engrenar é trocar de treinador. É evidente, só a direção não vê. Veja bem: o único jogo em que o Grêmio não tomou gols foi contra o Nóia, e ainda assim sob uma atuação de envergonhar perante um Olímpico cheio, em que o adversário dominou a partida por completo. E olha que só enfrentamos adversários fracos esse ano - salvo o eterno rival, que foi quem nos bateu em 2010.
Silas valoriza demais os gols que o Grêmio marca, e faz vistas grossas aos gols que o Grêmio sofre. Acontece que a tarefa de assinalar tentos depende quase que exclusivamente da qualidade individual dos jogadores de frente, enquanto segurar a barra lá atrás é tarefa coletiva, que necessita de orientação do treinador. É aí que entra a falta de comando no vestiário.
Silas foi uma boa tentativa de aposta, mas que em pouco tempo já mostrou que deu errado. Confesso que me animei quando o cara chegou na Azenha. Hoje, quero que o cara saia de uma vez - pena que, pra isso, talvez tenhamos que perder um dos títulos do primeiro semestre.
Baita blog, tchê! Parabéns pelo trabalho!
Quando puder, dá uma passada no meu pra conferir, tá saindo do forno! hehehe
http://gremiomanager.blogspot.com/
Abração!
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