terça-feira, 19 de abril de 2011

Há 17 anos



Corria o ano de 1993. O Grêmio voltava da Série B mas não tinha crédito em banco nenhum, nem pra retirar um talão de cheques. Até hoje não sei como, mas o presidente Fábio Koff e seu vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins deram um jeito de trazer por empréstimo, da Portuguesa de Desportos, o garoto Dener para vestir a camisa 10 tricolor durante o Campeonato Gaúcho e a Copa do Brasil.



Sem exagero: foram poucos meses, porém inesquecíveis. Dener era driblador, habilidoso e sempre objetivo com a bola nos pés. Jogador franzino, de aparência até frágil, mas que não fugia da porrada, porque tinha o antídoto perfeito para isso: o talento puro. Ele era a diferença entre a firula e a qualidade no futebol.



Até hoje, quando me pedem pra escalar o Grêmio com os melhores jogadores que eu vi jogar, escalo Dener com a 10, sem pestanejar. Como disse uma vez o sábio Bonatto, "me sinto presenteado por ter visto Dener jogar pelo Grêmio. Só os torcedores de Grêmio, Vasco e Portuguesa sabem o que é isso". Eu sei, e não só não esqueço como faço questão de não esquecer.



Prefiro acreditar que a manhã de 19 de abril de 1994 foi apenas um rito de passagem. Por tudo que fez em apenas 23 anos, Dener foi, é e sempre será Imortal.

6 comentários:

@snel disse...

Jogava muito mesmo. Graças a ele levantamos o Ruralito de '93. Dener Eterno!

@snel disse...

Partiu um trapo do Dener?

@tiagorussell disse...

Eu lembro de ir pro Estádio e ficar torcendo pra passarem a bola pra ele. Valia o ingresso.

Renato disse...

Merece um trapo, com certeza.

Fagner disse...

Bah, o cara era fera. Infelizmente não conseguiu arrumar o frangaço do Eduardo Heuser para o título da CB de 1993. E isso que ele jogava no tempo do gauchão no inverno, com cerração e campo embarrado. Esse cara ia ser o melhor do mundo com certeza.

E inesquecível também foi o primeiro jogo do tricolor depois desse fatídico dia de 94. O estádio inteiro cantando o nome de um jogador no minuto de silêncio foi de arrepiar.

Saludos,
Fagner

Marcelo Gazapina disse...

Caraca hein? Que post!
E as jogadas que ele fazia? Saia correndo do bico da grande área, atravessava o campo, pra meter do outro lado. Ótima lembrança.

E o acidente automobilistico mais idiota que eu já vi.

Grande abraço e parabéns de novo.