segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ouro de tolo



"Eu devia estar contente / Por ter conseguido / Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado / Que eu estou decepcionado..."

Confesso que também estou ABESTALHADO. Abestalhado por mais uma vez cair no conto da sereia fofa e com cabelinho roxo (se tu não entendeu a piada, olhe ISSO), com o papinho de: "vamos profissionalizar a gestão do Grêmio", "a arena isso", "a arena aquilo", "vamos brigar pelo título" e tudo o mais. Cada vez mais o Grêmio é um clube que ao invés de mirar o futuro, se espelha no passado. Onde o Coronelismo e o Caudilhismo, com boa parcela de MESSIANISMO, mandam e desmandam, atropelando planejamento (afinal, existe, de fato, um planejamento?) e passando por cima de tudo e de todos?

Ora, os tempos passaram! Mas pelo visto, nem deram o ar de sua graça no Grêmio. E a culpa, esse BERNO que corrói as nossas cabeças, surge inevitavelmente. Mas não pra'queles que deveriam HONRAR suas promessas.

Eu entrei pro conselho do clube como conselheiro suplente através de um CHAPÃO que integrava os movimentos (Grêmio Independente, Grêmio Sem Fronteiras e Grêmio Democrático) que dão (ou davam) a base de sustentação ao Odone. A chapa Renova Tricolor. Que de fato, mas não por completo, renovou, digamos assim, o conselho do clube.

O que não houve e aqui fica a minha CONFISSÃO, é de fato a tão falada RENOVAÇÃO na gestão do clube. Sem exageros, nestes últimos dez anos, ao invés de avançarmos, retrocedomos. Hoje o Grêmio é um amontoado de gente brigando pra casar com a viúva sem ao menos o marido estar morto. Hoje briga-se (e por qual motivo?) quem vai ser o presidente da Grêmio Empreendimentos, quem vai ser o Vice de Futebol, quem vai ser o vice disse, o vice daquilo... E o clube ali, outrora vencedor, hoje é batido por um Atlético GOIANIENSE da vida.  Enfim, invés dos cargos serem distribuidos por atributos profissionais e por merecimento pelas capacidades do candidato, como em toda a empresa séria e digna, não, quem assume é FULANO de tal "partido" pra agradar a tal grupo, ou pra ajudar alguém que quer fazer carreira política, ou pra isso ou pra'quilo.


Aqui, um texto do José Galó sobre isso. Recomendo muito a leitura. E se o fato é notório até pra quem é de fora do clube, nota-se que a coisa DEGRINGOLOU faz tempo.

Segunda que vem tem reunião do conselho, pra ver alguns aspectos novos da Arena os quais não entrarei em detalhes agora, mas sem sombra de dúvidas o momento do clube será abordado e as devidas cobranças serão feitas. É inadmissível continuar do jeito que está. Ou o Grêmio muda de vez, ou é melhor fechar as portas, mesmo.

7 comentários:

seu Algoz disse...

Como se dizia antigamente Snel: estes caras só cagando de laço.

@snel disse...

Tão precisando, velho!

Ilgo Wink disse...

O Grêmio de hoje me lembra o de 1970 a 1976. precisava cair de podre, como disse na epoca um ilustre gremista. não chegou a tanto, mas quase.
O Grêmio precisa de um tufão que varra pra longe todos aqueles que mais usaram o clube, e não apenas politicamente.
Depois, com novas cabeças, planejamento, honestidade e, claro, competencia.
Grande o artigo do Galó.

@snel disse...

Isso mesmo, Ilgo.

Eduardo disse...

Acho que a frase do Raul a ser dita, no meu caso, seria: "Pena eu não ser burro, não sofria tanto".

Cara Palida disse...

Pois é Snel, por falar em ditados: Quem dorme com cães, amanhece com pulgas!

Fico curioso referente a duração dessas reuniões do conselho? Uma horinha? Depois mais uma horinha pra "amenidades"????
DU-VI-DO-DE-O-DO que as cobras (se preferires, os lobos) vão morder uns aos outros.
Essas reuniões são feitas pra "mudar não mudando". Vence a idéia de quem tem a melhor habilidade de convencimento (e convenhamos, político tem isso de sobra).
Dúvido que alguém vai se "indispor" com "gente" influente na sociedade. Se o fizer, imediatamente vai pro freezer.

Sorry, só um desabafo de um sócio que está em dia e NÃO vai quebrar/rasgar cartão e essas papagaiadas e vê os desmandos que ai estão.

Abr.,
Paulo

@snel disse...

Paulo, não tem uma duração específica... Eu já fui em umas que duraram meia hora e outras que foram longas.

Entretanto, muitas vezes acabam antes por falta de quórum, quando a maioria, pelos mais diversos motivos, vai embora antes do devido.