segunda-feira, 15 de março de 2010

Evolução

Ontem deu pra notar uma pequena evolução no time do Silas: o meio de campo se impôs, os laterais passavam por ambos os lados do campo e deu pra enxergar, mesmo timidamente, uma mecânica de jogo. Sem falar no principal: faz alguns jogos que o Victor não toma gols.

Por mais que o cocoloradinho da Boca do Monte seja fraco, não dá pra esquecer que o gauchão inteiro o é. Esse mesmo time do Bagé conseguiu se classificar pro mata-mata no primeiro turno...

No meio, a trinca Ferdinando, Adilson e Maylson mordeu muito. E mesmo com o receio da fragilidade de ficar com apenas um armador mais "criativo" no meio, o Grêmio mostrou que tem alternativas interessantes. Se anularem o Douglas, tanto o Edilson quanto o Fábio estão conseguindo apoiar muito bem. E o Maylson provou que pode sim imprimir um volume de jogo maior no ataque.

Aliando isso com a volta do Borges, o time ganha uma saida de bola melhor (ele faz muito bem o pivô) e mais efetividade no ataque.

Mas eu não escrevi tudo isso à toa. é interessante observar a importância de uma semana de trabalho focado.

Depois das criticas ao "jeito Silas", o time evoluiu. Por isso é tão importante matar a Copa do Brasil no jogo de ida (coisa que nem todos os times "grandes" conseguiram). Nos dá o tempo de laboratório que, como eu já escrevi em outro post, é a única vantagem do nosso Gauchão em relação aos demais campeonatos estaduais.

Que venha o Votoraty.

5 comentários:

Strenght In Numbers disse...

Gostei do jogo. Acho que o Maylson dá maior consistencia tanto ao ataque como a defesa, porque ajuda na marcação e é visto muitas vezes marcando os atacantes adversários no campo de defesa.

O Willian teve bem no primeiro tempo, mas sumiu no segundo e parece não ser solução pro Grêmio.
O Silas acertou nas substituições (aleluia). Mithyuê entrou bem, o Fernando marcou gol e o Bégson mesmo em pouco tempo mostrou potencial. Será que não seria hora de testar Mithyuê ou Bérgson no lugar do Borges?

Quem destoou mesmo, apesar dos passes pra 2 gols, foi o Jonas. Parece que essa fase "diferenciado" do Jonas não fez bem pra ele. Muita firula e pouca efetividade. Quem sabe uma ou 2 partidas no sentado no banco não fariam bem pra ele?

Fagner disse...

Olha, Lucas, se dois passes para gol é jogar mal, que siga assim, jogando mal. Acho que é o nosso melhor passador - lembro sem fazer força de seis assistências para gol do cara, sendo que quatro só nos últimos três jogos.

Acho que o Maylson jogou o que vinha jogando. A diferença foi só o gol. No mais, acho que mais uma vez mostramos que precisamos de um reserva para o Douglas: foi só ele voltar e o meio de campo andou, ficando mais tempo com a bola no pé.

Estamos evoluindo, é só deixar o Silas trabalhar.

Saludos,
Fagner

Daniel Isaia disse...

Queria que o Silas testasse um time só com a gurizada em um dos jogos do Gauchão. Acho que temos jogadores muito promissores, e que podem ser a solução caseira pra muitos dos problemas do time. No mínimo, dariam uma boa profundidade ao plantel para o longo Campeonato Brasileiro.

No mais, vitória fácil contra um time inofensivo, que chutou apenas uma vez a gol - de falta, do meio da rua.

http://gremiomanager.blogspot.com/

Fagner disse...

Daniel, o inter-sm não chutou no gol do tricolor porque a defesa não deixou. Criticar o treinador é admissível: eu não gostava do Mano Menezes, mas eu sempre assumia quando o time estava bem e dava o crédito para quem merecia; ao contrário, gostava do Roth principalmente por respeitar a posição tática dele, que não mudava, não importando as peças que tinha. Agora, é muito feio essa coisa de "fora Silas" quando o time não joga bem e "o time foi bem contra um adversário fraco" quando o time goleia. Isso é coisa de amargo. Os méritos precisam ser computados para quem os merece.

O time júnior joga junto contra esses mesmos adversários no segundo semestre. Se tu quer ver isso, é só assistir mais aos jogos da Copa FGF. Acho que o treinador está certo e não é hora de inventar. Tem que achar o melhor esquema e as peças de substituição dentro deste esquema. Os juniores não tem as mesmas características dos titulares. Acho que a melhor política é ir colocando eles durante os jogos e, de vez em quando, como titulares. E sem queimar etapas: embora seja a primeira pré-temporada do Maylson, já é o terceiro ano que ele está com o plantel principal. O amadurecimento só vem com sequencia.

Saludos,
Fagner

Fagner disse...

Mudando de saco para mala, acho que cabia um comentário sobre o caso do Paulo Deitos, que a imprensa vermelha está pautando:

Não sei quais os motivos da direção em mandar o cara embora, mas isso, para mim, só reforça a ideia de que, no futebol, todos os cargos devem ser remunerados, com salário e carteira assinada. Pelo que todos comentam, Deitos trabalhava sem receber um tostão do clube, das oito da manhã até as nove da noite e foi simplesmente mandado embora por telefone. Aí não é questão de gratidão, é de direito trabalhista: quer mandar embora um cara com trinta anos de Grêmio, manda, mas paga indenização.

O Hiltor Mombach diz que foi um golpe do Meira para atingir o Irany Santanna Júnior. Se tivesse dinheiro envolvido, essa ferramenta torpe seria banida de vez do Olímpico - e a crítica aqui não é ao Meira, e sim ao sistema de trabalho do tricolor que permite esse tipo de situação, mesmo que não seja isso o que tenha ocorrido. O cara trabalha no Olímpico sem receber um tostão. E vive do quê? Então, o pré-requisito para comandar o futebol do tricolor é ser rico (e muito). Agora, alguém pode responder qual é a relação de ser rico e entender de futebol? Se fosse assim, todos os jogadores deveriam ter a origem do Kaká ou do Raí.

A imprena cobra profissionalismo do jogador de futebol: não fuja da concentração, aceite a reserva para um pereba, passe domingos e feriados longe da família, jogue às cinco sob sol de 40 graus, quarta-domingo-quarta denovo pois, afinal, ganham bem para isso. Mas acha maravilhoso que existam picuinhas que chamam de "políticas" dentro de um clube (o que, no máximo, deveria ser chamado de "práticas de cortiço", ou "fofocas"), tendo uns que se orgulham de "conhecer" este ambiente. É vergonhoso. E depois ninguém sabe por que é que os clubes de futebol ganham tanto dinheiro e ficam cada vez mais falidos.

Infelizmente, o que quase ninguém vê (ou faz que não vê) é que enquanto dirigente de futebol for um ser folclórico (ou folclorizável), mais fraco fica em relação à toda poderosa mídia. É fácil dizer que um Vicente Mateus não pode fazer exigências, pois ele não sabe de nada. Agora, qual seria a emissora que teria peito para ir contra um Juan Laporta?

Profissionalismo já. Pelo bem do futebol.

Saludos,
Fagner